Minha foto
São Carlos, SP, Brazil
Fonoaudióloga, CRFa.13.365. Especialista em Motricidade Orofacial pelo Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica- CEFAC, Aperfeiçoamento em Fonoaudiologia Aplicada à Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia de Bauru/USP, em Voz Teoria, Avaliação e Tratamento das Disfonias/Vozes Profissionais pelo Centro de Estudos Diagnóstico e Reabilitação, e em Fonoaudiologia Escolar Preventiva pelo Centro Universitário Central Paulista. Consultora empresarial (Call Center) em comunicação e Fonoaudióloga Escolar (realização de triagens com devolutivas, e orientações aos pais). PRINCIPAIS ATUAÇÕES: - Interposição / pressionamento de língua nos dentes, - Adequação das funções orais (respiração oral, alterações da mastigação, deglutição e fala); - Alterações de frênulo lingual; - Adequação das funções orais aos pacientes que utilizam prótese dentária; - Ronco (com o objetivo no fortalecimento na musculatura envolvida); - Alterações de leitura, escrita e vocal aos profissionais que utilizam a voz; Consultoria em Comunicação Pessoal (aprimorar a eficiência comunicativa com foco na necessidade do paciente).

3.3.16

Cuidados ao ensinar a falar

Cuidados ao ensinar a falar

A aquisição da linguagem pelos bebês é tão espontânea que a maior preocupação dos adultos deve ser a de não atrapalhar

  As primeiras palavras de um bebê sempre emocionam pais e mães, que, empolgados, passam espontaneamente a estimular novas manifestações, principalmente quando o que foi dito se refere a algo parecido com “papai” ou “mamãe”. Esse incentivo é importante para um desenvolvimento saudável, mas todo adulto que conviva com uma criança deve tomar alguns cuidados para não atrapalhar o que seria a aquisição natural da linguagem.
Pesquisas recentes na área da linguística e das neurociências têm confirmado que o cérebro humano nasce pronto para adquirir e interpretar códigos de linguagem e, portanto, qualquer criança saudável que cresça entre falantes aprende a falar apenas ouvindo. O ritmo do aprendizado pode variar por diversos fatores, e um dos principais é a influência do ambiente.
A Gazeta do Povo conversou com especialistas que ajudaram na construção da linha do tempo abaixo, mostrando quais são as características da fala esperadas nas diferentes etapas da infância. Contribuíram com a matéria a coordenadora do curso de Fonoaudiologia da Universidade Tuiuti do Paraná, Maria Regina Franke Serratto; a fonoaudióloga do Hospital Pequeno Príncipe Ângela Ribas; o médico Luiz Carlos Sava, otorrinolaringologista da Santa Casa de Misericórdia; e a gestora de educação infantil no Colégio Positivo Jardim Ambiental, Domus Aurea.

ETAPAS



Até 3 meses
Para falar é preciso ouvir e, por isso, é importante que sejam feitos exames de audição no recém-nascido, como o teste da orelhinha. O exame é gratuito e obrigatório em todos os hospitais desde 2010. Nos primeiros meses, o choro é a principal forma de comunicação. Conforme passam as semanas, a criança se habitua às sílabas mais faladas por seus pais e, a partir disso, emite sons variados, não intencionais, experimentando o que pode fazer. É por causa dessa memória auditiva que não se deve falar de modo infantilizado com o bebê, exagerando nos diminutivos. O que a criança ouve, ela guarda, exatamente na forma como ouviu.

4 meses a 1 ano
É provável que os primeiros “papá” ou “mamã” apareçam nessa etapa e, embora encha os pais de orgulho, não quer dizer necessariamente que a criança já vincule a palavra à pessoa. Nesse período a criança brinca bastante com os sons e pode optar por uns mais que outros por causa da sensação que trazem ou por achá-los engraçados.
A criança passa a variar tons e usar padrões silábicos, o que deixa os sons mais parecidos com os de um idioma. Conversar, ler e cantar ajudam muito nessa aquisição da variedade de padrões.



1 a 2 anos
Nessa fase, as mudanças são muito rápidas. O aumento do vocabulário se dá diariamente e há pesquisas que estabelecem entre 200 e 250 o número aproximado de termos para uma criança de 2 anos. Depois de 1 ano e meio, ela passará a repetir o que os pais dizem logo depois de ouvir. Por isso, é bom ficar atento ao que se fala na frente da criança e também àquilo que ela assiste na tevê. Ela já é capaz de dar a entonação correta para perguntas e exclamações e pode até se arriscar a cantar as músicas de que gosta, mesmo quando não as está ouvindo. Próximo do aniversário de 2 anos, devem surgir as primeiras frases completas, com até quatro palavras.

2 a 3 anos
Nessa faixa etária, a criança já expressa bem praticamente todas as vontades e sensações. Aprende a usar pronomes e verbos, passando a referir-se a si mesmo como “eu” e será capaz de manter conversas simples. Essa fase é adequada para a correção da pronúncia, mas nunca evidenciando o erro, apenas repetindo de forma correta a palavra que a criança errou. Com 3 anos é comum os pais entenderem tudo o que a criança diz.

Quando se preocupar
Com 5 anos de idade, já se espera fluência no idioma dos pais. Portanto, os problemas de fala geralmente são identificados antes disso. Em crianças que têm a audição perfeita, dificuldades de pronúncia são facilmente reversíveis com simples repetições, mas se os pais acham que não está dando certo é melhor consultar um fonoaudiólogo. Ele poderá orientar exercícios buco faciais, que resolvem o problema quando ele é muscular. A gagueira também pode aparecer, mas em geral é transitória e está vinculada à ansiedade. Fonoaudiólogos também podem ajudar caso os sintomas se tornem permanentes.



Estímulos
Crianças que frequentam a escola desde a educação infantil tendem a enriquecer o vocabulário mais rápido por causa da rotina de contação de histórias, músicas e as conversas dos colegas. No Colégio Positivo, a decoração da sala de aula com letras, cujos sons são frequentemente lembrados, é um meio de estímulo ao domínio de fonemas.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/cuidados-ao-ensinar-a-falar-eqeimzxyae9trsu4bavbk9ob2

Nenhum comentário:

Postar um comentário