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São Carlos, SP, Brazil
Fonoaudióloga, CRFa.13.365. Especialista em Motricidade Orofacial pelo Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica- CEFAC, Aperfeiçoamento em Fonoaudiologia Aplicada à Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia de Bauru/USP, em Voz Teoria, Avaliação e Tratamento das Disfonias/Vozes Profissionais pelo Centro de Estudos Diagnóstico e Reabilitação, e em Fonoaudiologia Escolar Preventiva pelo Centro Universitário Central Paulista. Consultora empresarial (Call Center) em comunicação e Fonoaudióloga Escolar (realização de triagens com devolutivas, e orientações aos pais). PRINCIPAIS ATUAÇÕES: - Interposição / pressionamento de língua nos dentes, - Adequação das funções orais (respiração oral, alterações da mastigação, deglutição e fala); - Alterações de frênulo lingual; - Adequação das funções orais aos pacientes que utilizam prótese dentária; - Ronco (com o objetivo no fortalecimento na musculatura envolvida); - Alterações de leitura, escrita e vocal aos profissionais que utilizam a voz; Consultoria em Comunicação Pessoal (aprimorar a eficiência comunicativa com foco na necessidade do paciente).

28.7.16

ANQUILOGLOSSIA DA INDICAÇÃO CIRÚRGICA À FONOTERAPIA: UM ESTUDO DE CASO


Autor(es): MÁRCIA EMÍLIA DA ROCHA ASSIS ELOI, EMILIANE FERREIRA MATOS, KARINE KELLVIA DE SOUZA, VIVIANE CRISTINA DOS SANTOS


Introdução: a anquiloglossia conhecida como “língua presa” é uma anomalia congênita rara que se caracteriza pela inserção anormal, durante a gestação, de fibras do tecido conjuntivo e fibras do músculo genioglosso que acontece da ponta da língua até o rebordo alveolar lingual. Essa anomalia resulta em limitações dos movimentos da língua, podendo gerar alterações na fala, mastigação e deglutição. O paciente relatado foi diagnosticado como portador de anquiloglossia do tipo frênulo curto com inserção anteriorizada. Objetivo: demonstrar a avaliação, indicação cirúrgica e os resultados da fonoterapia pós frenectomia. Metodologia: o paciente relatado neste trabalho buscou avaliação fonoaudiológica, aos 11 anos de idade, na Clínica escola de Fonoaudiologia da FEAD - BH mediante solicitação odontológica, após avaliação recebeu indicação cirúrgica da frenectomia. Após 03 meses da cirurgia, o paciente retornou para atendimento. Foram utilizados os protocolos de avaliação MGBR e os critérios para indicação cirúrgica da frenectomia no diagnóstico e pós frenectomia. Resultados: observou-se: funções estomatognáticas de mastigação, deglutição e fala alteradas e/ou adaptadas e estruturas orais como língua e bochechas se apresentaram hipofuncionantes. A fonoterapia iniciou-se no mês de março de 2011 e teve como objetivo principal adequar as funções estomatognáticas de mastigação, deglutição e fala. O ganho funcional se deu de forma gradativa e satisfatória, verificou-se: aumento nas medidas objetivas de abertura máxima de boca (30mm no diagnóstico, 32mm pós frenectomia e 39mm após 10 sessões de fonoterapia) e aumento da abertura máxima da boca com língua na papila (o paciente não conseguiu realizar a medida no diagnóstico, obteve 26mm pós frenectomia e 32mm após 10 sessões de fonoterapia) resultando em um ganho de 7mm e 9mm respectivamente; mastigação e deglutição em que a primeira se apresentou bilateral alternada e a segunda com menor contração da musculatura perioral e com ausência de projeção de cabeça. Além disso, os pontos articulatórios foram adequados. Discussão: os engramas motores e sensórios orais estavam sedimentados na condição que a anquiloglossia proporcionava. A fonoterapia em casos de anquiloglossia com intervenção cirúrgica não é padronizada, sendo necessária abordagem dos sinais e sintomas averiguados. A participação da Fonoaudiologia em casos que se faz necessária a realização da frenectomia é fundamental e deve ser difundida, tendo em vista que o campo de atuação profissional é voltado para a intervenção nas estruturas e funções do sistema estomatognático, o que dá ao fonoaudiólogo capacitação para indicação cirúrgica cabível e terapêutica. Conclusão: a observação e estudo acerca da anquiloglossia propõem a conclusão de que a frenectomia lingual proporciona significativa adequação estrutural oral do paciente, sem a qual restringiria ou impediria possível intervenção, contudo, ressalta-se que a fonoterapia exerce um importante papel na recuperação do paciente proporcionando uma reeducação funcional. O paciente relatou satisfação à terapia abordada considerando seus antigos hábitos e atuais possibilidades funcionais.


Dados de publicação
Página(s) : p.1248
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa 



Fonte: http://www.sbfa.org.br/portal/anais2011/trabalhos_select.php?id_artigo=1248&tt=SESS%C3O%20DE%20TEMAS%20LIVRES

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